O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.

Mario Quintana

3 de out. de 2009

Espelho de Minh'alma


Muitas vezes me pego diante do espelho observando meu interior. Fico olhando horas e horas dentro dos meus olhos,tentando me decifrar.
Mergulho em mim como em um oceano do qual conheço apenas a superfície, sendo sua profundidade um mistério nebuloso.
Quantos sonhos perdidos nessa escuridão...
Quem sou eu naquela profundidade aonde meus olhos não podem penetrar?
O mais interessante, é que tenho lembranças do que nunca vivi.
Imagino que talvez tenham sido desejos sentidos com tanta veracidade,que o meu subconsciente tenha gurdado como realizados e por isso são tão fortes a ponto de construir até imagens muito nítidas. São recordações de infância em sua maioria. É estranho olhar profundamente dentro dos nossos próprios olhos, chego a ter medo muitas vezes de mim mesma, é como se tivesse dentro deles uma pessoa além. Mas será que não tem? Questiono porque em muitos momentos agi na vida como se não fosse eu e depois que me dei conta de algumas burradas, sempre coloquei a culpa nessa outra dizendo: Acho que não era eu, não sei aonde eu estava, como pude fazer isso? É tão mais cômodo culpar outros, que criamos em nós mesmos alguém a quem culpar.
É assim que guardamos sempre dentro de nós outra pessoa a quem atribuimos a culpa dos nossos atos "estranhos"!
E assim nos vemos, mas sempre enxergamos alguém além de nós...
Por Magna Vanuza Farias Araújo

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