O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.

Mario Quintana

19 de set. de 2009

Grito contido


Meu grito está preso ao relento de um vento sombrio
numa espécie de limbo do qual não pode sair...
São palavras trancadas com chaves perdidas.
Ah, esse grito contido...
preso no âmago do meu ser
Se eu pudesse soltá-lo...
Libertaria as vozes caladas, submissas e oprimidas,
pelo simples medo de pronunciá-las.
Ah, esse grito...
Que me rebaixa a covardia e me acorrenta na escravidão da alma!
Se eu pudesse subir em um monte e gritar bem alto...
libertaria os medos trancados em mim
soltaria os impulsos retraidos pela ignorância do medo, da covardia!
Ah, esse grito contido...
libertá-lo machucaria pessoas, mas libertaria a mim.
Grito Preso no ventre dos meus desejos
São sonhos de uma uma vida calada, reprimida, que falou sim,
quando queria gritar não e que falou não quando queria gritar sim.
Ah, esse grito contido....
Ignorado por uma vida rasteira
Ah,esse grito que não grita...
Sou dentro de mim a palavra não dita...
O grito contido!
Por Magna Vanuza Araújo



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Adubos