O que mata um jardim não é o abandono. O que mata um jardim é esse olhar de quem por ele passa indiferente.

Mario Quintana

29 de jul. de 2015

Pra pasárgada com Manoel...


Com licença, meu senhor,
Chutei o pau da barraca
e comprei passagem sem volta

vou com Manuel pra Pasárgada.

É só o tempo de arrumar
o básico que eu tiver
Meus óculos, minha lente
aquele perfume quente
meu vestido estampado,
O batom vermelho dourado,
minhas vestimentas íntimas
e a calça jeans rasgada.

É bem rapidinho,
só o tempo de um café
monto um cavalo domado
vou num galope danado,
nem dará tempo esfriar teu café.

Me espera, Mané, 
vou contigo sem pestanejar
aqui onde vivo,
já deu o que tinha que dá
e no silêncio abstrato
não quero mais ficar.

Lá em Pasárgada vou me aventurar.
Mas é na cama do rei que vou me deitar.
Quem quiser me encontrar,
Em pasárgada vou estar
peça o endereço pro Manuel
que mando notícias de lá.
Pulicado no livro Retratos poético, Poesia Revelada
Editora Leve



Magna Vanuza Araújo

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